
Michele Windsor é um adolescente
que vive com a mãe na ensolarada Califórnia, e que têm sonhos recorrentes com um estranho homem,
embora os sonhos a perturbem ela segue sua vida ao lado das amigas e a dedicada
mãe. Porém uma tragédia atravessa seu caminho, e após um acidente ela perde a
mãe e se vê obrigada a ir morar com os desconhecidos avós em uma mansão
histórica em New York.
Entre os pertences da mãe Michele
encontra uma chave, que mais do que um colar é um portal para uma viagem no
tempo. Tempo esse em que suas antepassadas viveram, e o estranho homem de seus
sonhos também viveu. Mas o que Michele deve fazer no passado? Quem é esse
estranho de olhos azuis que despertou seu coração?
A premissa da estória é
excelente, a mitologia criada também tem sua semente muito bem plantada, mas a
plantação infelizmente rendeu frutos muito pequenos e imaturos. A narrativa de
Monir é muito simplória, embora descritiva, ela é muito rápida em suas cenas e
breve em suas explicações. Foi frustrante estar nos antigos anos americanos, e
estes serem poucos explorados, tudo se sucede de forma muito rápida. A autora
mostra ter pesquisado o momento histórico, mas sua escolha de se focar mais na
ação do casal e familiares da mesma, do que aproveitar algumas características
interessantes da época fez com que o livro transitasse entre o contemporâneo e
o romance de época, sem se focar em nada.
Michele é uma adolescente de
dezesseis anos que nada sabe sobre a história de sua importante família, de
quem esteve longe durante toda a sua vida. Ela descobre que mal sabe sobre o
passado da mãe. Quando no passado encontra o homem do seus sonhos e logo se
entrega a ele. E eu entendo que uma adolescente se renda fácil a paixões, mas
essa fácil aceitação dos fatos e desse 'amor' também me incomodou. Eu gosto de
protagonistas mais delineadas e fortes, que mesmo sentido sentimentos fortes
relutam a eles por um tempo. Ela também é inconsequente já que abandona sua
realidade para ir ao passado, isso foi a forma que ela encontrou de lidar com o
luto da mãe.
Philip Walker, o homem do
passado, é moderno para sua época, assim também aceita Michele rapidamente
jogando para o alto todos seus compromissos. É meloso e não desperta grandes
emoções. Já as mulheres da família de Michele são mais interessantes, donas de
personalidades mais interessantes, como é o caso de Lily Windsor que vira uma
cantora nos anos 20.
A ideia explorada nessas viagens
no tempo é que o tempo ocorre de forma simultânea, já que a garota vai ao
passado acreditando alterar o futuro quando ela já vive o futuro que ela mesma
já alterou (sim é um pouco confuso de colocar em palavras mas se você já
assistiu efeito borboleta ou a casa do lago vai ter uma boa noção do que digo).
Só essa ideia já renderia páginas e mais páginas de pensamentos e reflexões que
os personagens poderiam ter, mas infelizmente a autora apenas foca na vida da
protagonista.
Muito Além do Tempo, infelizmente
não foi a leitura leve que eu desejava, foi ao contrário um pouco triste já que
eu esperava bem mais do livro. O livro faz parte de uma série, o segundo volume,
A Guardiã do Tempo já foi publicado por aqui e tem uma sinopse um pouco mais
animadora já que agora envolve uma organização secreta.
Avaliação

Gostei da resenha! Entrou para a listinha de 2017(que nem chegou e já tem uma lista de respeito.rsrs).
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